As áreas centrais das cidades médias paulistas estão sofrendo, em vários graus, os impactos do crescimento urbano. Um aspecto interessante e que merece atenção é o surgimento de centros alternativos, que passaram a disputar atenção einvestimentos do centro “principal” dessas cidades, que, por sua vez, ficaram esquecidos. Sem incentivo para uso, chega o abandono, que traz com ele o aumento da criminalidade, desperdício de infraestrutura e desvalorização da região. (Sílvio Chaimovitz)
São Carlos está inserido entre as cidades médias do interior paulista, com forte potencial de degradação e transformação de sua área central. As últimas e frequentes notícias sobre o encerramento de atividades comerciais, principalmente próximo ao Mercado Municipal nos traz inquietude. E o que fazer o administrador público para reverter esta tendência?
Primeiro um bom diagnóstico. A região central mais próxima ao mercado municipal tem as mais bonitas praças públicas da cidade, os mais belos imóveis históricos, o centro administrativo do município (Prefeitura e Câmara) o Judiciário, alguns equipamentos públicos como Teatro Municipal, Museu, o centro econômico-financeiro ( Agências bancárias) o grande símbolo do catolicismo, a Igreja Catedral. Tá bom, mas como conciliar a frequência necessária com a frequência incentivada?
Temos uma realidade diferenciada sobre a ocupação do centrão. A expansão urbana e nossa característica de cidade média, com perfil universitário, aliado a atividade laboral no serviço público, com renda acima da média nacional; a classe social com maior poder aquisitivo se deslocou para o "intra muros", Condomínios Fechados, o comércio desconcentrou para corredores comerciais, Shopping Center, Centros Comerciais, instalações de atacarejos em zonas próximas a rodovia, redes de supermercados na periferia, academias nos corredores, lojas de eletro/eletrônicos, postos ou agências bancárias fora do eixo central, descentralização da prestação de serviços mais afastados (médicos, contadores, advogados...) em edifícios verticais e idéias e boatos sobre a saída do centro administrativo do município para outras localidades. Outra cultura recente é a comercialização (consumo) por meio eletrônico (Internet), esta afeta frontalmente os comércios estabelecidos fisicamente.
Resumindo, o que fazer no centrão? Quem devemos incentivar com sua frequência para serviços, consumo, diversão e lazer?
Seria necessário criar um ambiente agradável, com sentimento de pertencimento da cidade? Teríamos, enquanto poder público que buscar atrativos para nossos moradores e visitantes? Destacar a relevância do passado na vida atual?
Guardada as devidas proporções, poder público e iniciativa privada não poderiam pensar num projeto como "Viva Centro" da capital? A revitalização do Mercadão? E a Mortadela São Paulo?
O governo do qual participei, de Newton Lima Neto retardou uma degradação da região central, com algumas iniciativas: Uma política para preservação e recuperação de prédios históricos, a manutenção da estrutura administrativa do município na região central (Paço Municipal, Secretarias Municipais e Câmara Municipal), recuperação e inauguração de equipamentos vinculados a cultura (Reconstrução do Teatro Municipal e Inauguração do Museu de Ciências e Tecnologia " Mário Tolentino", recuperação de praças públicas. E deixou um projeto que pode significar o estancamento da transformação da área central, o chamado "BOULEVART SÃO CARLOS".
No início deste novo governo procurei o Secretário de Obras Reginaldo Peronti a fim de demonstrar minha preocupação com o esvaziamento da região do mercadão municipal. Enquanto parlamentar apresentei um Requerimento sugerindo a conclusão do Boulevart São Carlos em parceria com a inciativa privada, por meio de concessão. Postei minhas idéias no mural do meu Facebook e recebi mais de 240 comentários contrários. Os internautas entenderam que eu queria tirar dinheiro da saúde e educação para criar emprego e renda na região central. Não observaram o intuito de chamar a iniciativa PRIVADA para o investimento.
Pergunto mais uma vez. O que pode atrair as pessoas para a região do mercadão, o centrão? Eu retomaria o projeto do BOULEVART com a iniciativa privada, antes que seja tarde. O Mercado Municipal precisa disciplinar as atividades comerciais internas e se reinventar para atrair consumidores. A Praça de Alimentação defronte o Mercado precisa existir, sendo o ponto de partida para um centro gastronômico naquele entorno, um palco na praça "Maria Ap. Resitano" precisa ser instalado para a apresentação de artistas da cidade. O entorno do mercado precisa ganhar vida noturna. Na região não tem residências o que facilita a expansão da atividade comercial de alimentação. Revitalizar a Praça do Comércio (Box). Precisamos incentivar a criação de estacionamentos privados e disciplinar o trânsito, de forma a facilitar e ampliar a frequência das mais diversas camadas sociais.
Mas como não sou dono da verdade, não tenho fórmula pronta pra tudo e como diz o Juquita, meu amigo de Intersom: "você quer se meter a entender de tudo" minha proposta vai muito além. A cidade precisa discutir o futuro da região central de São Carlos. Prefeitura, Câmara, Associação Comercial, Empresários, artistas, autoridades da área de segurança, cidadãos comuns é chegada a hora, antes que o tempo nos empurre para a transformação inversa.
JOÃO MULLER
São Carlos está inserido entre as cidades médias do interior paulista, com forte potencial de degradação e transformação de sua área central. As últimas e frequentes notícias sobre o encerramento de atividades comerciais, principalmente próximo ao Mercado Municipal nos traz inquietude. E o que fazer o administrador público para reverter esta tendência?
Primeiro um bom diagnóstico. A região central mais próxima ao mercado municipal tem as mais bonitas praças públicas da cidade, os mais belos imóveis históricos, o centro administrativo do município (Prefeitura e Câmara) o Judiciário, alguns equipamentos públicos como Teatro Municipal, Museu, o centro econômico-financeiro ( Agências bancárias) o grande símbolo do catolicismo, a Igreja Catedral. Tá bom, mas como conciliar a frequência necessária com a frequência incentivada?
Temos uma realidade diferenciada sobre a ocupação do centrão. A expansão urbana e nossa característica de cidade média, com perfil universitário, aliado a atividade laboral no serviço público, com renda acima da média nacional; a classe social com maior poder aquisitivo se deslocou para o "intra muros", Condomínios Fechados, o comércio desconcentrou para corredores comerciais, Shopping Center, Centros Comerciais, instalações de atacarejos em zonas próximas a rodovia, redes de supermercados na periferia, academias nos corredores, lojas de eletro/eletrônicos, postos ou agências bancárias fora do eixo central, descentralização da prestação de serviços mais afastados (médicos, contadores, advogados...) em edifícios verticais e idéias e boatos sobre a saída do centro administrativo do município para outras localidades. Outra cultura recente é a comercialização (consumo) por meio eletrônico (Internet), esta afeta frontalmente os comércios estabelecidos fisicamente.
Resumindo, o que fazer no centrão? Quem devemos incentivar com sua frequência para serviços, consumo, diversão e lazer?
Seria necessário criar um ambiente agradável, com sentimento de pertencimento da cidade? Teríamos, enquanto poder público que buscar atrativos para nossos moradores e visitantes? Destacar a relevância do passado na vida atual?
Guardada as devidas proporções, poder público e iniciativa privada não poderiam pensar num projeto como "Viva Centro" da capital? A revitalização do Mercadão? E a Mortadela São Paulo?
O governo do qual participei, de Newton Lima Neto retardou uma degradação da região central, com algumas iniciativas: Uma política para preservação e recuperação de prédios históricos, a manutenção da estrutura administrativa do município na região central (Paço Municipal, Secretarias Municipais e Câmara Municipal), recuperação e inauguração de equipamentos vinculados a cultura (Reconstrução do Teatro Municipal e Inauguração do Museu de Ciências e Tecnologia " Mário Tolentino", recuperação de praças públicas. E deixou um projeto que pode significar o estancamento da transformação da área central, o chamado "BOULEVART SÃO CARLOS".
No início deste novo governo procurei o Secretário de Obras Reginaldo Peronti a fim de demonstrar minha preocupação com o esvaziamento da região do mercadão municipal. Enquanto parlamentar apresentei um Requerimento sugerindo a conclusão do Boulevart São Carlos em parceria com a inciativa privada, por meio de concessão. Postei minhas idéias no mural do meu Facebook e recebi mais de 240 comentários contrários. Os internautas entenderam que eu queria tirar dinheiro da saúde e educação para criar emprego e renda na região central. Não observaram o intuito de chamar a iniciativa PRIVADA para o investimento.
Pergunto mais uma vez. O que pode atrair as pessoas para a região do mercadão, o centrão? Eu retomaria o projeto do BOULEVART com a iniciativa privada, antes que seja tarde. O Mercado Municipal precisa disciplinar as atividades comerciais internas e se reinventar para atrair consumidores. A Praça de Alimentação defronte o Mercado precisa existir, sendo o ponto de partida para um centro gastronômico naquele entorno, um palco na praça "Maria Ap. Resitano" precisa ser instalado para a apresentação de artistas da cidade. O entorno do mercado precisa ganhar vida noturna. Na região não tem residências o que facilita a expansão da atividade comercial de alimentação. Revitalizar a Praça do Comércio (Box). Precisamos incentivar a criação de estacionamentos privados e disciplinar o trânsito, de forma a facilitar e ampliar a frequência das mais diversas camadas sociais.
Mas como não sou dono da verdade, não tenho fórmula pronta pra tudo e como diz o Juquita, meu amigo de Intersom: "você quer se meter a entender de tudo" minha proposta vai muito além. A cidade precisa discutir o futuro da região central de São Carlos. Prefeitura, Câmara, Associação Comercial, Empresários, artistas, autoridades da área de segurança, cidadãos comuns é chegada a hora, antes que o tempo nos empurre para a transformação inversa.
JOÃO MULLER
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