Por A Folha de São Carlos e Região
07/06/2017
A Santa Casa de São Carlos informou nesta quarta-feira (7) que enviou o relatório da sindicância que apurou as mortes de gestante na Maternidade Dona Francisca Cintra Silva ao Conselho Regional de Medicina (CRM). De antemão declarou que houve quebra de protocolo no atendimento às gestantes e que não vai afastar os médicos. O CRM julgará se os procedimentos utilizados pelos médicos foram corretos.
A imprensa local participou de uma coletiva de imprensa ontem na Santa Casa com o secretário de Saúde, Caco Colenci,o superintendente da Santa Casa, Daniel Bonini, coordenador da Maternidade,Humberto Hirakawa, diretor clínico, Flávio da Silva Guimarães, o vereador Lucão Fernandes (PMDB), presidente da Comissão de Saúde da Câmara Municipal e o vereador Moisés Lazarine (DEM).
Com a finalização da sindicância, a conclusão que a Santa chegou é que ocorreram situações que os médicos não seguiram o protocolo exigidos pelo hospital. “Eles não seguiram os protocolos, mas não significa que houve erros”, disse Daniel Bonini.
O superintendente ainda destacou que a Santa Casa não vai afastar os médicos que atenderam as gestantes e que somente o Conselho de Regional de Medicina que vai avaliar se houve erro. O CRM pode demorar até cinco anos para apurar casos de sindicância.
O coordenador da maternidade, Humberto Hirakawa, explicou que os protocolos clínicos são orientações de conduta e que a autonomia do médico não deve ser desrespeitada.
Mortes
No dia 8 de fevereiro, Fabiana Mendes Magalhães, 20 anos, morreu após cesárea . A criança sobreviveu. No dia 18 do mesmo mês, Liliane de Sousa Marinovic, de 28 anos, entrou em trabalho de parto quatro dias antes, teve hemorragia e precisou ser internada e morreu na sequência.
No dia 22 de março Djuly Brandão, de 26 anos, morreu no hospital. Ela estava grávida de 30 semanas e os médicos conseguiram salvar a criança.
Foto: Abner Amiel
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